Me lembro de meu primeiro contato com a fotografia. Ele ocorreu quando fui a um estúdio fotográfico levado pelas mãos de minha mãe, sempre preocupada em registrar o crescimento de seu filho. Mais do que despertar o sentido visual, aquela experiência impregnou na minha memória o cheiro no ar dos produtos químicos de revelação fotográfica. Somente na juventude a fotografia voltou a chamar minha atenção. Deixei registrado, perdido em alguma gaveta por aí, uma viagem que fiz do litoral norte de São Paulo a Fortaleza. Me surpreendi com uma foto que fiz da Baia de Todos os Santos do alto do Elevador Lacerda. Registrei um por do sol que me permitiu escrever com luz (foto-grafia) aquele cenário deslumbrante. Muitas vezes, olhei para a foto e me perguntava se era minha mesmo, feita com uma câmera portátil sem nenhum recurso. Mas, como li recentemente, qualquer um pode fazer uma boa foto. O dificil é sempre fazer boas fotos. Isso requer partir do principio de que "Una fotografia no se toma, se hace!", como li na parede de um bar em Lima, no Perú,
Assim, depois de anos, pra não dizer décadas, escrevendo textos, manualmente ou no computador, decidi desenvolver um pouco mais o meu sentido visual e escrever com luz. Comprei uma boa câmera, já trocada por outras duas. Comprei livros e recorri a esse instrumento contemporâneo de aprendizagem, a internet. Sou, portanto, nesse campo, um estudante autodidata e faço desse espaço o local para mostrar a amigos minhas lições de casa. Por meio dele aguardo correções, sugestões e incentivos, pois, como mestre, sei o quanto isso é importante para o aprendizado.
